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PRIO apresenta lucro de R$ 44,5 milhões em meio à COVID-19 e queda nos preços do óleo
A PRIO, a maior companhia independente de petróleo do país focada em campos maduros, registrou no primeiro trimestre indicadores positivos, como o aumento de produção e reservas e um EBITDA Ajustado de R$ 238,9 milhões – quase 12x acima dos R$ 20,2 milhões obtidos no mesmo período de 2019.
O lucro líquido no período foi de R$ 44,5 milhões, apesar da queda dos preços do óleo e em meio à Covid-19.
O ajuste no EBITDA decorreu da estratégia da companhia de firmar contratos de hedge (proteção sobre oscilações de preços), com o objetivo de enfrentar o período de preços baixos, mantendo suas vendas efetivas de óleo a US$ 65 por barril – numa cotação muito superior à atual faixa de US$ 30 o barril.
Esses contratos geraram R$ 206,6 milhões de ganhos para a Companhia nos três primeiros meses de 2020.
Focada em uma gestão financeira prudente, a PRIO fez hedge para parte das suas vendas do segundo trimestre, também com o preço a US$ 65 o barril.
“O modelo de negócios da PRIO foi desenhado para assegurar à Companhia resiliência em períodos de incerteza e volatilidade, desde sua implantação em 2015. Com ele, estamos aptos a atravessar, tanto momentos de forte expansão, como também momentos mais desafiadores, como o que encontramos hoje”, destacou Roberto Monteiro, CEO da PRIO.
O executivo destaca ainda as medidas adotadas para fazer frente à crise gerada pela pandemia do Covid-19, como racionalização de custos, renegociação com fornecedores, postergação de alguns investimentos, redução em 50% do salários dos diretores e 25% dos colaboradores onshore.
“Mantivemos as atividades essenciais e reduzimos o número de pessoas embarcadas para garantir a maior proteção e segurança possíveis de nossos colaboradores e prestadores de serviços na área operacional, com testagem das equipes e reforço nos equipamentos de proteção e nas medidas sanitárias”.
As medidas adotadas, especialmente a operação de hedge, garantiram a preservação do caixa da companhia, que encerrou março em US $127 milhões.
Produção e reservas
Como principal destaque operacional do trimestre, a produção total da Companhia cresceu 102% na comparação com o primeiro trimestre de 2019, atingindo 23,4 mil barris/dia.
A expansão é reflexo especialmente da incorporação de 70% do campo de Frade, cuja produção tem trajetória de crescimento desde a aquisição pela PRIO, de alta de 30% no campo de Polvo, após a bem-sucedida campanha de perfuração encerrada no primeiro trimestre.
Com a maior escala de produção e ganhos de sinergia operacional e administrativa, o lifiting cost da PRIO teve uma queda de 44% frente ao primeiro trimestre de 2019 – para US $17,3 dólares por barril.
O lifting cost da companhia tende a cair ainda mais após a permissão de interligação dos campos de Polvo e Tubarão Martelo – em avaliação pela ANP. Em fevereiro de 2020, a PRIO anunciou a aquisição do FPSO OSX3 e de 80% do campo de Tubarão Martelo, por US $140 milhões.
Os custos combinados desse novo pólo produtor devem ser reduzidos dos atuais US $200 milhões para menos de US $80 milhões por ano, após implementadas as sinergias previstas.
Com a aquisição dos 30% restantes de Frade (em aprovação pela ANP) e a incorporação de Tubarão Martelo, as reservas 2P (provadas, prováveis e possíveis) da PRIO devem atingir 190,8 milhões de barris, o que possibilita a produção por pelo menos mais 25 anos.
Trata-se de um aumento significativo frente aos 24 milhões de barris de dezembro de 2018. As reservas da companhia foram recentemente novamente certificadas.
“Apesar destas conquistas, a epidemia mundial de COVID-19 e a consequente redução na demanda pelo petróleo, criaram um ambiente mundial bastante desafiador. Saúde, segurança e eficiência foram os pilares da nossa resposta a esse novo cenário, mantendo a nossa estratégia de disciplina financeira e excelência operacional”, destaca Roberto Monteiro.